Racionalização construtiva


 

Humberto Siqueira - Estado de Minas
 


 

Presença de um profissional responsável pela gestão de projetos em todas as etapas do empreendimento ajuda a reduzir problemas e obter ganhos de produtividade e qualidade

Jackson Romanelli/EM/D.A Press
Luiz Eduardo defende investimentos em testes de materiais e em procedimentos

As construtoras estão descobrindo que, quando aplicadas às obras, as metodologias da gestão de projetos ajudam a reduzir o número de problemas construtivos e ainda permitem ganhos de produtividade e qualidade. O que antes era restrito ao universo dos escritórios ganhou terreno nos canteiros de obras. Gestores estão presentes em todas as etapas do processo, da concepção à entrega do empreendimento.

Embora as grandes empresas estejam na linha de frente da incorporação desses profissionais, construtoras de todos os portes também estão aderindo às metodologias. Isso porque estão motivadas pela consciência de que todo empreendimento necessita ser controlado financeiramente e ter o prazo bem definido, o escopo técnico precisa ser gerenciado, os contratos elaborados e comparados com a necessidade do empreendimento.

Para o coordenador da pós-graduação em gestão de projetos do Instituto de Educação Tecnológica (Ietec), Clênio Senra, a preparação focada de profissionais para atuar antecipando ações, planejando riscos, mensurando recursos humanos e maquinário impacta positivamente nos resultados. “O gestor aplica um conjunto das melhores práticas percebidas e reunidas ao longo de anos, para evitar erros de estimativa de prazo e custo, falta de integração entre as diversas disciplinas envolvidas, comprometimento do trabalho por riscos não previstos, falha no fornecimento de materiais e na integração do pessoal envolvido, entre muitos outros.”

Quanto maior o empreendimento, maior a redução de custos e tempo com a gestão de projetos. “Podemos alcançar uma queda entre 10% e 20% nos prazos estabelecidos e em até 10% de economia”, garante Clênio. “Para chegar a essa meta, o gestor não precisa ter as qualificações de todas as engenharias envolvidas, pois conta com uma equipe multidisciplinar. O importante é ser um bom líder, comunicador, negociador de conflitos e de compras, agregador e bom solucionador de problemas.”

Alexandre Soares, superintendente da construtora Habitare, investe em profissionais especializados na gestão de projetos desde 2002, quando criou um setor para gerenciar os projetos de engenharia de todas as obras. A equipe atua na centralização e compatibilização dos diversos projetos. Realizam análises prévias para garantir a integração e evitar conflitos entre eles. “Nosso desafio diário é melhorar a produtividade. Os insumos da construção civil têm crescido num ritmo muito grande, e o bolso do consumidor não tem como acompanhar. A otimização é indispensável. Hoje, o arquiteto faz o projeto, envia para um colega definir os pontos de estrutura, que por sua vez repassa ao eletricista de instalações para que ele detrmine os locais por onde vão passar tubulações e fios, e assim por diante. Até voltar ao arquiteto para finalizar o projeto, que chega à prefeitura com todas as soluções definidas.”

RETRABALHO Ainda segundo Alexandre, o maior ganho com esse trabalho se dá na economia de tempo e dinheiro por evitar o retrabalho. “Quando os projetos não tinham harmonia, era preciso quebrar algo pronto para cumprir algo planejado em outro projeto. Uma obra que há 10 anos levava 30 meses hoje é feita em 18. Esse cuidado prévio é um dos motivos. Evita uma série de gastos fixos com pessoal, energia elétrica, equipamentos locados e IPTU, por exemplo”, pondera.

Segundo Luiz Eduardo Prosdocimi Corrêa, engenheiro civil e pós-graduado em gestão de projetos pelo Ietec, a construção civil brasileira enfrenta há muitos anos acentuada dificuldade, passando por diferentes crises de mercado. Isso faz com que as empresas do setor restrinjam os investimentos em novas tecnologias, tanto na execução quanto na gestão de seus projetos. "Para fazer frente à atual explosão de demanda, como resultado da estabilidade econômica e da maior oferta de crédito imobiliário, as empresas estão buscando competitividade. Para isso, a indústria da construção civil tem buscado aplicar em seus canteiros novas tecnologias construtivas aliadas e respaldadas por novas metodologias de gestão", comenta ele, que é gerente de Obras da Gerance Gerenciamento e Consultoria.

Ele defende, ainda, investimentos em testes de materiais, em procedimentos e em treinamento de pessoal. “Com essas medidas e mecanismos de controle para manter a atuação dentro dos padrões planejados, atacaremos os gargalos da construção de forma eficaz”, garante. “Ao valorizar os colaboradores, treinando-os e mantendo-os informados, a empresa mantém a equipe alinhada e comprometida com seus objetivos.”

O gerenciamento de projeto pode ser adotado em diferentes tipos de empresas ou obras – construções residenciais, grandes edificações, plantas industriais. No entanto, o nível de controle de um projeto deve respeitar o tamanho da obra. Ele ainda lembra que empresas de outros setores também podem se envolver com obras, como a construção de um alto forno.

Fonte Estado de Minas

 

Mudança de hábitos

 

Durante sua vida, o brasileiro muda de residência, em média, sete vezes, por razões como trabalho, estudo, casamento e nascimento dos filhos. Entretanto, ao mudar de casa, observa-se que ele não encontra no mercado imobiliário opções de imóveis adequadas às necessidades dos diferentes estágios de sua vida. Pelo menos é isso o que aponta pesquisa realizada pela mestre em gestão da qualidade e produtividade, doutora em engenharia civil e professora da Universidade Federal de Goiás (UFG) Maria Carolina Gomes de Oliveira Brandstetter.

Na pesquisa, foi analisado o histórico de moradia de mais de 80 famílias de classe média e um dos resultados encontrados foi que, ao buscar um imóvel para morar, as pessoas mais jovens e com menor poder aquisitivo privilegiam a localização, a faixa de preço e a área do empreendimento. Já para as pessoas mais velhas e com maior renda, o mais importante é que o imóvel seja novo e tenha um padrão elevado, mesmo que esteja fora da faixa de localização que gostariam.

O trabalho demonstrou que os principais fatores que determinam a escolha das pessoas por um imóvel são a idade do chefe da família e dos filhos, o estágio de vida familiar e o patrimônio financeiro, como conta Maria Carolina. “À medida que as pessoas vão envelhecendo, procuram moradias melhores, mais caras e bem localizadas, mais próximas do trabalho e fora dos bairros mais nobres e saturados. Isso pode ser uma das explicações para o fenômeno observado hoje nas principais capitais brasileiras de revalorização do Centro.”

Em muitos pontos, o cenário retratado pela pesquisa assemelha-se à realidade mineira. O presidente da Câmara do Mercado Imobiliário e do Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/Secovi), Ariano Cavalcanti de Paula, diz que, ao buscar um imóvel, todas as pessoas procuram primeiro locais de fácil acesso. “E esperam que tenham boa infraestrutura, pois estão em busca de facilidade.”

Ele acrescenta que há uma tendência de, ao se estabilizar, a pessoa dar mais importância para imóveis que lhe proporcionem um conjunto de conveniências que tornam mais prático o dia a dia. “Seja por estar localizado próximo ao trabalho, seja por estar perto de um local em que desenvolve outras atividades, no caso dos aposentados. Esse fator resgata a importância da região Centro-Sul como espaço mais valorizado em BH, pois é lá que muitas dessas facilidades se concentram.”

Diretor-tesoureiro do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Minas Gerais (Creci-MG), Cinézio Geraldo Pereira concorda que, à medida que envelhecem, as pessoas buscam maior comodidade. “No caso de Belo Horizonte, a administração pública, juntamente com importantes entidades de classe, têm se preocupado em atingir um grau de revitalização na área central, incluindo o item segurança como principal preocupação, o que deverá atrair essas pessoas para a aquisição de imóveis nessa região.”


*Publicado em 24/10/2010 / Estado de Minas / Imóveis

17/10/2010 -

Projeto de lei quer vetar penhora de bem de família do fiador

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CAROLINE PELLEGRINO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Está em votação na Câmara dos Deputados um projeto de lei (nº 6.413/ 2009) que quer impedir que o fiador perca seu único imóvel, o chamado bem de família, para pagar dívidas de aluguel.

A expectativa de seu autor, o deputado Vicentinho Alves (PR-TO), é a de que seja aprovado até o final do ano.

Separação de casal de inquilinos libera fiador do contrato
Imobiliárias preferem a adoção do seguro-fiança

Veja a página de classificados de Imóveis

Uma lei federal de 1990 determina que o bem de família não pode ser penhorado para pagamento de dívida. A Lei do Inquilinato (nº 8.245/91), porém, definiu que a fiança locatícia é exceção à regra.

Algumas decisões na Justiça foram contra a penhora do único imóvel do fiador, mas, em 2006, um julgamento do Supremo Tribunal Federal confirmou a constitucionalidade da prática e criou uma jurisprudência a seu favor.

O PL de Vicentinho Alves é controverso. Seu objetivo é proteger fiadores que desconhecem a exceção à impenhorabilidade. "Pessoas de baixa renda e sem instrução são as mais sacrificadas", afirma o deputado.

Por outro lado, se o projeto for aprovado, "o inquilino terá mais dificuldade para encontrar esse tipo de garantia, pois as imobiliárias exigirão fiador com mais de um imóvel", alerta o professor de direito civil da FGV-SP (Fundação Getulio Vargas de São Paulo) Luciano Godoy.

O fiador ainda é o tipo de garantia locatícia mais utilizado no mercado e o único que não exige dinheiro do locatário.

RISCO DIVULGADO

Entre quem é a favor e quem é contra o projeto há ao menos um consenso: o candidato a fiador precisa ser mais claramente orientado pela imobiliária ou pelo próprio contrato de locação sobre o risco que irá correr.

"Sou contrário à proibição da penhora do único bem do fiador, pois dificultará a locação. Mas concordo com a maior divulgação do risco de perda do imóvel", sustenta Carlos Alberto Dabus Maluf, professor de direito civil da Universidade de São Paulo.

"Se ele não tiver um patrimônio razoável além do imóvel residencial, acho conveniente orientá-lo a não assinar a fiança", opina a defensora pública do Estado de São Paulo, Maria Claudia Solano Pereira, que se diz favorável à proposta na Câmara.

Fiadora da filha de um amigo, a professora Sônia Veiga, 54, conta que "foi um choque" ter recebido uma ordem de penhora, pois não fora avisada sobre o risco.
"Acho que o imóvel do fiador deve ser protegido em todos os casos", considera. "A minha sorte foi que o pai da inquilina pagou a dívida, de cerca de R$ 18 mil."

 

Fato gerador da contribuição social em obras de construção civil ocorre na data da conclusão da obra

A 8.ª Turma manteve a determinação, de juízo do 1.º grau de jurisdição, de que o INSS expeça certidão negativa de débitos previdenciários para fins de averbação de obra de construção civil, em razão do transcurso do prazo decadencial.

 

Para o INSS, o tributo devido não está prescrito, pois não tendo havido pagamento antecipado, referente ao lançamento por homologação, tem-se que o prazo de dez anos somente se iniciou após exaurir-se o prazo de homologação tácita.

 

Explicou a relatora, desembargadora federal Maria do Carmo Cardoso, que as contribuições sociais, inclusive as destinadas ao financiamento da seguridade social, são consideradas tributo, portanto deve ser aplicado o art. 174 do Código Tributário Nacional. Dessa forma, “o momento da ocorrência do fato gerador do tributo, em contribuição previdenciária incidente sobre obras de construção civil, é a data da conclusão da obra, que, no caso, ocorreu em 1992”, pontuou a magistrada.

 

Concluiu a relatora que “se o crédito em questão se refere a contribuições decorrentes de obra de construção civil, concluída em 1992, e não há nos autos notícia de nenhum lançamento por parte da autarquia, contado do primeiro dia do exercício seguinte ao da conclusão da obra de construção civil, deve ser reconhecida a decadência do direito.”

 

Apelação Cível 2005.38.05.002548-5/MG

 

Assessoria de Comunicação Social

Tribunal Regional Federal da 1ª Região, 09.12.2010

 

Compra da casa própria deve ser feita com planejamento e cautela


 


 

Redação - Lugar Certo
 


 

 

Foto: GettyImages


18 de outubro de 2010 - O crédito imobiliário cresceu. O Brasil tem uma das maiores taxas de financiamento do mundo. O mercado está superaquecido e as facilidades de crédito que se tem atualmente, pode resultar em uma "bolha imobiliária", explica Antonio De Julio, especialista em finanças do Moneyfit.

Para adquirir um imóvel é preciso avaliar os juros, o período do financiamento e também calcular as despesas mensais, pois, o salário da família tem que ser o suficiente para pagar todas as prestações em aberto. "A ansiedade de se ter um imóvel não pode estar alinhada ao imediatismo e a falta de planejamento", explica Antonio De Julio.
Ao invés de optar por um financiamento longo e juros altos para ter um novo apartamento é possível seguir outros caminhos. A opção por um consórcio ou até mesmo um aluguel mais barato possibilita ao longo do tempo fazer uma poupança e apresentar um bom valor para um imóvel novo ou usado com ótimo preço.

Outra possibilidade é o famoso "puxadinho" na casa da mãe, para assim conseguir fazer uma boa poupança ou quem sabe dar um lance em um consórcio. Lembrando que consórcios aceitam FGTS na hora do lance" destaca Antonio De Julio.

Um fator importante é saber calcular um financiamento, pois, não é uma tarefa fácil, pois são muitas taxas e critérios. Além disso, é preciso pesquisar, ter paciência e analisar se você realmente tem planos de morar no mesmo local nos próximos 20 ou 30 anos, período de um financiamento para quem não pode dar uma boa entrada.

Veja algumas dicas:

1. Verificar se as prestações estão de acordo com a realidade da família

2. Não se esqueça que após o financiamento aprovado, é preciso ter dinheiro para pagar taxas da prefeitura, despesas com o cartório e pagar um profissional para agilizar esse processo, caso você não tenha disponibilidade.

3. Fixar qual o valor que cada pessoa pode contribuir para ajudar a pagar as parcelas

4. Sempre que possível tente antecipar alguns pagamentos com o objetivo de reduzir o tempo do financiamento

5. Comprar um terreno e construir uma casa com um empreiteiro ou construtora pode ser um bom negócio, pois, o custo do metro fica praticamente a metade do preço de mercado. Isso possibilita que a família fique na casa ainda em construção sem ter que pagar "semestrais", "anuais", "entrega das chaves", entre outros

 


Condomínio pode fixar juros superiores ao previsto no novo CC, se estiver acordado na convenção

É possível fixar, na convenção do condomínio, juros moratórios acima de 1% ao mês em caso de inadimplência das taxas condominiais? A questão foi debatida pela Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que entendeu, à luz do novo Código Civil de 2002, ser legítima a cobrança de juros moratórios acima desse percentual, bastando para tanto previsão expressa acordada na convenção de condomínio.

 

fonte: Diário das Leis

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