Preços devem cair em venda e aluguéis

Corrida

Preços devem cair em venda e aluguéis

Prédio da secretaria de Estado da Saúde, [SUMARIO]na Floresta, [/SUMARIO]deve abrigar faculdade

Helenice Laguardia

 

A migração gradual de órgãos públicos para a Cidade Administrativa, no bairro Serra Verde, nem bem começou e já tem investidor com negócio praticamente fechado para comprar prédios antes alugados para o governo. Um deles é o imóvel onde funciona a Secretaria de Estado da Saúde, no bairro Floresta. A mudança dos servidores do órgão está programada para ocorrer no final de agosto deste ano.

Mas a área, com cerca de 10 mil metros quadrados, tem tudo o que uma empresa procura: localização, acessibilidade, metrô e muitas linhas de ônibus disponíveis. O promissor dono do prédio é o diretor regional em Minas Gerais do Sistema Educacional Brasileiro (Seb), André Cefali. Ele está avaliando o local e pretende fechar negócio com o proprietário até o final do ano para abrigar a Faculdade Metropolitana, uma das empresas do Seb, grupo paulista com 46 anos no mercado. “O prédio é bom. Atende a gente”, disse. A ideia é que a unidade funcione já em 2011.

André Cefali contou que tem encontrado todo tipo de preço. “Dá de tudo, até R$ 3.000 o metro quadrado. Isso é preço de apartamento de alto padrão”, comparou os valores exorbitantes para as poucas áreas comerciais. “Para a finalidade que a gente precisa, a oferta não é muito grande. Acho que cai o preço dos imóveis”, prevê o empresário, quando entrarem os prédios desocupados pelo governo.

A Faculdade Metropolitana tem 5.000 alunos e foi adquirida por R$ 10 milhões em 2007. Outros R$ 5 milhões serão aplicados na expansão. André Cefali coordena também o curso preparatório Pretorium e o colégio Efigênia Vidigal, onde foram investidos mais de R$ 15 milhões.

Com 30 anos de experiência, o diretor da imobiliária José Ximenes, Rodrigo Ximenes, calcula uma queda no preço dos imóveis comerciais localizados no centro de Belo Horizonte. “O metro quadrado custa de R$ 10 a R$ 15, a locação, mas o que custa R$ 15 vai cair para R$ 10, conforme o estado em que eles vão deixar o imóvel”, explicou.

Rodrigo Ximenes considera os prédios no centro da cidade muito antigos. “Vai ter que fazer reforma, o que é muito difícil e deve reduzir o preço do aluguel”, afirmou. Os prédios do centro da cidade são, na maioria, alugados por secretarias de Estado durante quatro a cinco anos.

Se no centro o aluguel pode sofrer desvalorização, na Savassi e Funcionários nada muda. “Vai continuar a mesma coisa. Na Savassi, o metro quadrado é de R$ 25 a R$ 50, conforme localização e estado do imóvel”, afirmou Ximenes. Para o presidente da rede Netimóveis, José De Filippo, vai haver estabilização de valores por um bom tempo.